domingo, 31 de outubro de 2010

limpeza.

"A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça."
Caio Fernando Abreu

terça-feira, 26 de outubro de 2010

coração...


e ele está ficando sempre em último plano...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

achei lindo e quis guardar.

“(…) A nossa vida cotidiana é sempre bombardeada pelos acasos, mais exatamente por encontros fortuitos entre as pessoas e os acontecimentos, ou seja, por aquilo a que costuma chamar-se “coincidências” . Há uma coincidência quando dois acontecimentos inesperados se produzem ao mesmo tempo, quando se encontram um com o outro: por exemplo, Tomas aparece no restaurante precisamente no momento em que a rádio toca Beethoven. Na sua imensa maioria, este tipo de coincidência passa totalmente despercebido. Se o homem do talho tivesse vindo sentar-se a uma mesa do restaurante em vez de Tomas, Tereza não teria reparado que a rádio tocava Beethoven (embora o encontro de Beethoven com um homem do talho também não deixe de ser uma coincidência interessante). Mas o amor que nascia aguçou-lhe o sentido da beleza e, por isso, nunca mais esquecerá essa música. Sempre que a ouvir, se sentirá comovida. Tudo o que se passar à sua volta nesse instante ficará aureolado com o brilho dessa música e será belo.
(…) Não há, portanto, razão nenhuma para censurar aos romances o seu fascínio pelos misteriosos cruzamentos dos acasos (…), mas há boas razões para censurar o homem por ser cego a esses acasos na sua vida cotidiana e assim privar a vida da sua dimensão de beleza.”

(“A insustentável leveza do ser”, Milan Kundera)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Ela era branca, branca. Dessa brancura que não se usa mais. Mas sua alma era furta-cor."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

emoção!


cada resgate, uma emoção!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

aniversário da cidade

Não era para estarmos em festa?
Afinal, são 125 anos (não tenho certeza) e não vai ter nenhuma comemoração?
Nenhum desfile, nenhum show, nenhuma faixa, nada. Paradeiro total na cidade.
Isso é triste!
Em outro governo, tínhamos desfile em toda a cidade. A avenida principal era tomada por escolas e visitantes. Cada escola desfilava com suas turmas. E cada um com um estilo.
Eu adorava. Usava uma roupa de gala. E a cada ano uma fitinha vermelha era acrescentada em nossa gravatinha.Tinha uma boina.Tinha luvas.Tinha meia alta e sapatos pretos. E todos marchavam em um ritmo só.
Ah! a fanfarra. Todos queriam tocar nela. O tarol era o mais disputado, o mais almejado. Toquei nela, só um ano, e gostei muito também. Mas o brilho das meninas devia ficar somente na roupa de gala.
Desfilei como ginasta também. Estrelas eram dadas em um asfalto escaldante. Era lindo. Todas as meninas com macacões ou maiôs coloridos.
E as crianças então???
Vestidas de fadas, borboletas, caçadores...
E os pais seguindo e fotografando.
E cada quarteirão passado, uma salva de palmas.
Acabou, não vejo isso mais. E isso me deixa triste.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Resposta.

Todo dia, ao voltar da faculdade, me pego pensando: tá acabando, e tô feliz com isso. Estou segura porque já tenho onde trabalhar, o que fazer depois que formar. Mas estou pensando também em uma pós-graduação. Tenho que encontrar uma e arriscar fazer. Estou com pressa de fazer uma, pois acho que se eu esperar mais um tempo não vou animar a fazer depois.rs
Acho que é o cansaço. Normal em fim de curso né! Mas não são só essas as minhas preocupações...
Temos uma casa para terminar, temos uma drogaria para tomar conta, e ainda tem muita coisa para ser feita.
Morro de vontade de sair no mundo, para conhecer e crescer. Tenho medo de ficar onde estou, e mais a frente achar que perdi tempo.
Quero as respostas para hoje. Quero ter certeza do que vai acontecer. Alguém pode me dizer???
Não, ninguém pode.
Então, o que devo fazer é viver um dia após o outro. Fazer o melhor que eu puder, e buscar sempre, sempre e sempre!!!!!!